No dia 20 de novembro, mais de 350 cidades brasileiras comemoraram o Dia da Consciência Negra. A data foi escolhida por ser o dia em que Zumbi dos Palmares, líder do mais emblemático quilombo do país, morreu, em 1695.
O objetivo da homenagem é promover a reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira, como modo de reduzir o racismo e a discriminação.
Um estudo do Dieese, publicado em novembro do ano passado, mostra que o ganho mensal das pessoas negras no país pode ser até 52,9% menor do que o das não-negras. Outra pesquisa, realizada pela Fundação Cultural Palmares, aponta que apenas 4% da programação das três principais emissoras públicas do país (TV Cultura, TVE Rede Brasil e TV Nacional) aborda em entrevistas, programas de auditório e telejornais elementos da cultura negra, mesmo com 49,5% da população ser declarada preta ou parda, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE.
Por outro lado, a luta contra a desigualdade tem gerado alguns resultados positivos. A Pnad também revelou que de 1996 a 2006 o percentual de brasileiros que se declaram negros ou pardos no Ensino Superior subiu de 18% para 30%.
Em comemoração ao dia da Consciência Negra, o Jornal de Debates pergunta: o que falta para a sociedade brasileira superar o preconceito?
A simples menção e repetição de palavras más inicia o processo de malfazejo no ser humano.
"Silenciar é permitir!"
"O racismo precisa ser denunciado e confrontado. Silenciar sobre isso é igual a consentir e estimular essa perversidade desumana. Não se pode também aceitar que manifestações de racismo sejam ocultadas com desinformações, imposturas e subterfúgios, dissimulações enganosas."
Não somos bandos divididos em cores. Somos seres humanos. E seres humanos calados dizem muito a quem sabe ouvir.
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